Maternidade e violência doméstica contra homens

A identidade da mulher e a violência doméstica contra homens no Brasil


Capítulo 1

                                                                                        

                                                                                                            Sergio da Motta e Albuquerque



No Brasil, a identidade da mulher é estabelecida pela maternidade. Esta, por sua vez, atua como uma espécie de bênção oculta, que as transforma em criaturas abençoadas, incapazes de cometer um crime.

Esta é a principal causa da ocultação da violência doméstica contra homens. Sim, caros amigos e amigas, ela existe! Muitos homens sofrem agressões de todos os tipos em família: pancadas, socos, agressões verbais e comportamento dominante. Humilhações diárias a que são submetidos, as vezes por toda vida.

Durante meu estágio em serviço social, eu deparei com um caso peculiar de violência doméstica contra um indivíduo do sexo masculino. Foi muito triste ver aquele homem acusado pela própria família ser levado a julgamento. Que ele venceu, ao custo da destruição de sua vida, e sua saúde mental. Ele sofreu mais de 30 calado, até que um desenlace brutal o levou ao Tribunal. Onde ele foi absolvido, tendo sua vida destruída para sempre.

O cidadão nasceu no interior. Era homem simples. Agricultor.

No próximo capítulo eu apresentarei, mutatis mutandis, a triste história daquele homem. Que é também a de muitos brasileiros que, por machismo, o sofrem abusos familiares por décadas, em silêncio. Afinal, "homem não apanha de mulher". Porque as mulheres, dada sua condição santificada de “mãe”, aos olhos do senso comum da sociedade, são seres angelicais e não cometem crimes.

No próximo capítulo eu vou provar o contrário. Apresentarei o triste caso do indivíduo em questão, preservando sua identidade e de sua família.

Até lá.

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